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Neste blog por vezes escreve-se segundo a nova ortografia, outras vezes nem por isso.


quinta-feira, 31 de julho de 2014

O GRUPO DOS 12



Artur, Paulo Lopes, Bruno Varela, Maxi Pereira, João Cancelo, Luis Felipe, Luisão, Lisandro López, Jardel, César, Sidnei, S. Vitória, Eliseu, Loris Benito, Djavan, Ruben Amorim, André Almeida, Fejsa, Enzo Perez, Talisca, João Teixeira, Bernardo Silva, Lindelof, Vitor Andrade, Salvio, Gaitan, Ola John, Pizzi, Sulejmani, I. Cavaleiro, Candeias, Lima, Derley, Bebé, Cardozo, Nelson Oliveira. São 36 os jogadores que estão neste momento no plantel principal. Ainda temos o lesionado Sílvio. É urgente a aquisição de um número seis e de um guarda-redes. Ambos com uma qualidade indiscutível. De 39 jogadores escolher 27. São 12 aqueles que terão guia de marcha. Nem que seja para a equipa B. 

JL

domingo, 27 de julho de 2014

EM MUITO MÁ FORMA




Recordo o jogo do ano passado na Eusébio Cup com o fraquito São Paulo. O Benfica era uma equipa atabalhoada, sem ritmo e organização. Levou duas batatas, acabou o jogo de rastos. 

Este ano defrontámos o Ajax, tricampeão holandês, que vai iniciar o campeonato na próxima semana. E jogou muito a sério. 

Como tem acontecido desde o início da preparação, apresentámos um meio campo de recurso. O Amorim, que não é um fora de serie, chegou nem há meia dúzia de dias e o Talisca ainda tem de fazer muitos minutos para se enquadrar no nosso futebol. E assim se resume as alternativas para o meio campo. 

De resto, os nomes dizem tudo: o sobrevalorizado Cancelo, o anémico Teixeira, o renegado Sidnei, o jovem César, o dissipado Jara, o vendido Gaitan, o pesado Cardozo, o maneta Salvio, enfim, uma serie de nomes e de condição física que faria sorrir qualquer benfiquista em meados do ano passado.  

E o que vimos? Uma primeira parte taco a taco, com a sorte a sorrir aos holandeses. Na segunda parte o Ajax deu espaço ao Benfica, recuou, mas poucos contra-ataques conseguiram fazer. Artur esteve a descansar. Houve momentos em que o Benfica foi sufocante, curtos, mas houve. Muitos falhanços, alguns incríveis. O resultado devia ter sido outro. 

Chega? Claro que não. Ainda anda ali muita tralha, outros chegaram a apenas meia dúzia de horas. Provavelmente uns seis ou sete vão sair do plantel. No entanto, viu-se uma ideia de jogo, os jogadores bem colocados no campo, algumas jogadas vistosas. Eu não tinha visto nada disto há um ano atrás. 

Na minha opinião, tudo normal para três semanas de trabalho. O que não é normal é a má forma dos Benfiquistas. A homenagem a um dos nossos maiores símbolos, apresentação da equipa com muitas caras novas, o regresso do Benfica campeão ao Estádio, depois do triplete e apenas 25 mil pessoas? E o que dizer da falta de entusiasmos e dos ridículos assobios?

Conclusão: Os benfiquistas ainda estão de férias e os que não estão, chegaram em muito má forma. Tão gordos que nem parecem campeões. Precisam de muito trabalho para estarem capazes de enfrentar a época. Fossem jogadores do plantel e Jesus já os tinha dispensado. 

JL

sábado, 26 de julho de 2014

O NOSSO MUSEU



O Museu do Benfica faz hoje um ano. Tem os seus defeitos e exageros, mas no conjunto é um excelente museu. Requer tempo e disponibilidade. E se para um apaixonado pelo Benfica chega a ser deslumbrante, para quem pouco se interessa pelo fenómeno do glorioso, o Museu não é de todo desprovido de interesse e vale bem a visita. 

Por estas razões, pela força do clube, pelos milhões de adeptos que o seguem, por Lisboa ser uma das cidades mais visitadas da Europa, é incompreensível que apenas 60 mil almas se tenham disposto a mergulhar em tão impar património, que representa a história da maior criação do seculo XX português. E não só. O Museu ultrapassa em muito o fenómeno Benfica. 

Talvez os bilhetes sejam demasiado caros para os nossos hábitos. No entanto, estão em linha com o que se pratica por essa Europa fora e, por aquilo que proporcionam, são valores mais que justos. O português não se importa em gastar dez ou quinze euros numas imperais ou num gin tónico num bar da moda, mas para passar uma tarde a enriquecer-se com a história do maior clube do Mundo já acha caro. 

Talvez a promoção tenham sido mal feita. O Benfica e as suas actividades surgem a maior parte das vezes entrincheiradas na BTV. O Benfica tem de dominar outros meios. Aparecer. Promover reportagens junto dos diários desportivos, sempre ávidos de assuntos do Benfica. Os festivais de música são caríssimos e estão sempre esgotados. O departamento de marketing do Benfica alterna o brilhantismo com a ineficácia. 

Um conselho. Guardem umas horas. Pelo menos três. Levem a família e amigos. Visitem o Museu do Benfica. Não se vão arrepender. 



JL

quinta-feira, 24 de julho de 2014

NELSON SEMEDO



Há coisas que só são entendíveis pelos grandes catedráticos do futebol. Nós, simples mortais, lá porque vimos futebol há anos e por isso pensamos que temos umas luzes, estamos redondamente enganados. O Futebol não é uma ciência fácil e acessível. 

Nestes últimos três anos já vimos todo o tipo de jogadores a representar o Benfica na sua equipa principal. Desde laterais a extremos, desde o Roderick ao Cortez. Por isso, humildemente, tenho de admitir que devo estar enganado. O Nelson Semedo, ou Nelsinho, não merece uma oportunidade. Se merecesse, já a tinha tido de certeza. 



JL 

segunda-feira, 21 de julho de 2014

PARA SER ASSIM, BASTAVA A SPORT TV




Não foi por uma questão meramente financeira que o Benfica decidiu não renovar o contrato com a Olivedesportos para passar os seus jogos no seu canal. A Sport TV e os seus funcionários tinham ( e ainda têm) permanentemente uma atitude para com o clube que roçava a agressão. Comentários ofensivos e grotescos, repetições que nunca apareciam, lances apagados dos resumos, linhas de fora-de-jogo muito pouco paralelas. De tudo valia. 

Perante uma crescente e generalizada revolta dos associados, Luis Filipe Vieira, à beira de eleições, acaba por ceder e romper com o amigo. Falta fazer as contas finais, mas estas terão sempre de ter em conta os custos de se passar a ter um canal pago, ao contrário da concorrência. São custos dificilmente mensuráveis, mas que têm um peso enorme ao nível da divulgação do Clube a das suas actividades. 

Ganhando a possibilidade de transmitir os seus próprios jogos, o Benfica, para além receitas da subscrição, tinha na mão a possibilidade de mostrar a sua verdade, pelo menos nos jogos em casa. Já Joseph Goebbels, ministro da propaganda do regime nazi, era peremptório: “Nós não falamos para dizer alguma coisa, mas para obter um certo efeito”. 

Neste campo, a Benfica a TV vive uma profunda bipolaridade, que até seria muito positiva se não estivesse instalada completamente ao contrário. Nos programas de estúdio, onde se discute o clube, temos o pedroguerranismo elevado ao quadrado. Onde se poderia saudavelmente colocar questões, analisar problemas, denunciar situações, com elevação e sempre em prol do nosso clube, temos um Pedro Guerra em permanente loas à Direcção e ao senhor presidente. 

Nas transmissões diretas, nomeadamente no futebol, é como se estivéssemos a assistir ao jogo num canal do adversário, A necessidade ou a “fuçanga” de ser querer mostrar neutro é tanta, que quem sai prejudicado é sempre o Benfica.

Ontem, durante o Benfica- Naval… perdão… Sporting e perante uma arbitragem mais do que manhosa, não se ouviu uma palavra, um repúdio, um mero reparo. Tudo politicamente correto. Até os jogadores do Naval ou do Sporting ou que era aquilo, recebiam elogios sobre grandes jogadas ou bons passes e cortes.  

Há um penalti por marcar que é repetido apenas duas ou três vezes, de forma envergonhada. Antes do golo dos lagartos, há um lance duvidoso na área. Penalti a favor do glorioso? Não sabemos, porque não houve uma única repetição. E as duas agressões à cotovelada a jogadores nossos que nem falta mereceram? Quase silencio. Tudo gerido com pinças pelos comentadores. 

Em contraposição, de vinte em vinte minutos, tínhamos de levar com o boneco do Vieira a tapar quase um quarto do ecrã, a anunciar mais uma campanha. 

Assim, porque não são as respostas que movem o mundo, mas as perguntas, resta-nos questionar: O Benfica ainda tem canal de televisão? Ao serviço do clube e dos sócios? Ou é apenas mais um negócio e o que interessa são as receitas? O que até seria legítimo e proveitoso, se não ficássemos sem um canal nosso. 

Este seria um bom debate para se ter na “nossa” televisão. Houvesse vontade e coragem. 

JL